JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, OLHA O FANTOCHE QUE NOS DESTE!

“Não devemos colocar fantoches no poder, que obedeçam à vontade das potências estrangeiras que querem voltar a pilhar as nossas riquezas e fazer-nos voltar à miséria de que nos estamos a libertar com muito sacrifício”, defendeu em Abril de 2011 o então Presidente da República José Eduardo dos Santos, aquele que deixou os destinos dos angolanos nas mãos de João Lourenço que acaba de vender os interesses económicos de Angola aos norte-americanos.

Por Geraldo José Letras

Em discurso dirigido ao membros do Comité Central do MPLA em 19 de Abril de 2011, em véspera das Eleições Gerais de 2012, José Eduardo dos Santos, então Presidente da República, defendeu que não devemos colocar no poder, fantoches que obedeçam a vontade das potências estrangeiras que querem voltar a pilhar as nossas riquezas e fazer-nos voltar a miséria de que nos estamos a libertar com muito sacrifício dirigindo os destinos do país.

Se sabia ou não, o que é facto é que depois do seu último mandato – 2012/2016 – indicaria para a sua própria sucessão na Presidência da República de Angola e do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, a quem oito anos depois o país diagnosticou além da síndrome da incompetência político-administrativa, a de viajante compulsivo e vendedor da pátria a quem lhe dá mais. Desta vez fê-lo para Joe Biden, magnata norte-americano que a partir de segunda-feira, 2 de Dezembro, dia em que chegou a Angola, deixou de ter poderes para intervir na política externa dos Estados Unidos da América na qualidade de Presidente.

Perguntam as zungueiras ouvidas pela reportagem do jornal Folha 8, atentas às movimentações dos órgãos de defesa e segurança pelas artérias da capital angolana: “O que é que ganhamos afinal com a visita desse tal presidente?”, querem os angolanos saber quais os ganhos económicos e sociais trarão para o povo a vinda do já não Presidente dos Estados Unidos da América que, administrativamente só aguarda pelo dia 20 de Janeiro de 2025 para receber a ordem de despejo da Casa Branca por Donald Trump, um republicano cuja filosofia político-administativa é centradamente nacionalista sem a mania das grandezas e intervencionistas na política interna dos outros países, como o fez já saber já em 20 de Janeiro de 2017, no dia em que tomou posse como 45.º Presidente dos Estados Unidos concluído em 20 de Janeiro de 2021?

“Só estou a ver Chicala e na baixa tudo vazio. Dizem que chegou em Luanda o Presidente americano. Também não sei se veio fazer quê”, interrogou-se a zungueira Mana Minga antes de ser interrompida por outras que também querem de João Lourenço ou outro membro do seu Executivo explicações dos ganhos económicos e sociais da visita do estadista norte-americano, Joe Biden a Angola.

Sem manter encontro com membros da sociedade civil para sair de Angola com um quadro real do país onde pelo menos 28 milhões de pessoas perderam a perspectiva de vida desde que o seu homólogo assumiu o poder, Joe Biden limitou-se a manter encontros com membros da embaixada do seu país e a proferir um discurso terça-feira, no Museu Nacional da Escravatura, um discurso que só serviu para denunciar os seus interesses económicos focados no Corredor do Lobito, província de Benguela, onde esta quarta-feira terminou a sua visita comercial a Angola.

Em Benguela, Joe Biden participou de uma reunião com chefes de Estado de Angola, João Lourenço, da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, da Zâmbia, Hakainde Hichilema, além de empresários, investidores e representantes do governo angolano para discutir oportunidades de cooperação e desenvolvimento económico com benefícios únicos para o próprio Biden.

Em Benguela, além de participar na Cimeira Multilateral sobre o Corredor do Lobito, o Presidente dos EUA testemunhou no Terminal Polivalente do Porto do Lobito, à chegada de um comboio operado pela Lobito Atlantic Railway (LAR), transportando cobre proveniente da República Democrática do Congo (RDC).

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